1ª. Aula de Junho

Vídeo

1– O que é o sânscrito?

É uma língua clássica da Índia antiga, que influenciou praticamente todos os idiomas ocidentais.

2– Cite algumas influências que o sânscrito teve sobre os idiomas ocidentais.

Tri do sânscrito resultou tri no grego, tri no latim, three no inglês; nama resultou name em inglês, nome em português; ma deu mãe, mama, maman em vários idiomas; matrika resultou em mater, matriz, matriarcal; chai originou chá em português; jánu originou genou em francês; páda originou pata; vírya deu origem ao termo viril; etc.

3– Em que alfabeto se escreve o idioma sânscrito? E o que significa?

O alfabeto original do sânscrito é o dêvanágarí, “a escrita dos deuses”.

4– Não seria mais adequado traduzir para a nossa língua os termos técnicos do sânscrito?

Não. Os termos técnicos não se traduzem. Por exemplo: os do judô são em japonês; os da música, em italiano; os do ballet, em francês; os do kung-fu, em chinês. Alguém cogitaria em traduzir wind surf, savoir faire, ombudsman, habeas corpus ou allegro ma non troppo? Então, é inadmissível esse questionamento com relação aos termos do Yôga.

5– Qual a importância do aluno comum conhecer os termos sânscritos?

Muitos dos termos sânscritos não possuem tradução exata nas línguas modernas. Esse é o caso do termo samádhi.

6– Como se denomina a prática de transcrever o sânscrito para a escrita em alfabeto latino?

Transliteração.

7– Existe um só sistema de transliteração ou vários?

Existem vários. Cada língua costuma privilegiar um sistema diferente. Por essa razão, os livros de Yôga traduzidos de outros idiomas podem contribuir para instalar a confusão.

8– A transliteração acadêmica para o português é correta? Deve ser adotada?

Não. Ela induz o leitor ao erro de pronúncia, como é o caso do ç usado para representar um som que não é dessa letra. Por exemplo, na palavra Shiva, a sonoridade chiada do primeiro fonema fica irreconhecível na grafia “Çiva”, proposta pela transliteração para a língua portuguesa. Por isso, devemos utilizar a inglesa, Shiva, que é mais lógica, é usada na Índia e serve perfeitamente para o português.

9– Todas as transliterações provenientes da Índia são corretas?

Não. Os Indianos não se preocupam em escrever corretamente os termos sânscritos “em inglês”, como dizem eles com um certo menosprezo. Contudo, nas boas edições indianas a transliteração é mais confiável do que na versão que costuma ser encontrada nos livros publicados no Ocidente.

10– Onde se pode encontrar uma boa transliteração e tradução?

Para o dia-a-dia, no glossário do livro Tratado de Yôga. Se desejarmos informações mais amplas e profundas, devemos recorrer ao Sanskrit-English Dictionary, de Monier-Williams.

To top